Relato: Fui otário, mas aprendi.

novembro 26, 2016 , , 0 Comments

Relato: Fui otário, mas aprendi.

Já fui otário.

Namorei por 5 anos a mesma mulher, nunca a traí. Noivamos e sempre fazia as vontades dela. Eu pagava as contas dela, inclusive o aluguel do apartamento dela. Ela saiu de casa por se desentender com os pais dela, e quis morar sozinha pra ter privacidade e liberdade, apoei como um bom namorado.

No dia que noivamos, depois de 4 anos, comprei um carro pra ela. Dei entrada, pûs no nome dela e eu pagava as prestações. Comprei calças da fórum, equatore, bolsas da Ellus, victor hugo... marcas q eu desconhecia. Minha família a tinha como uma filha, irmã, sobrinha. Tranquei minha faculdade por 2 períodos pq na época eu tava apertado e precisava pagar a faculdade dela. Ou seja, coloquei os estudos dela em primeiro plano. Pra mim, tudo girava em torno dela.

Porém, destino é foda.

Uma vez, numa festa de família, presenciei uma cena estranha. Meu primo que já estava bêbado, soltou uma graçinha do tipo: "a tatiana sabe do que estou falando né?". Porra, não sou burro. Guardei aquilo pra mim e não falei nada. Apesar de pagar o aluguel dela e pagar as contas dela, eu tinha horários pra ir visitá-la, pré determinado por ela. Mas ela não contava que eu tinha a chave do apartamento. Dormi com ela, acordei e fui trabalhar.

No almoço eu passei por lá e ví meu primo saindo do apartamento dela aos beijos com ela. Nem precisei entrar aquela cena já falava por si.


Porra, foi foda!

Um filme passa na cabeça. Lembrei de todos os sacrifícios que fiz pela aquela vagabunda, caralho, foi foda.

A partir desse dia começei a ver um jeito de me vingar. Eu precisava me vingar. E o fiz.

A partir daquele dia parei de pagar as contas dela, faculdade, prestações do carro, aluguel, faturas do cartão de crédito, tudo. E sem dar nenhuma explicação. Ela me ligava e eu não atendia, me procurava e eu saía fora. A vadia ficou louca. Mas era isso o que queria mesmo, deixá-la confusa.

Logo em seguida, teve o noivado do irmão dela (dias depois). Minha família foi, já q as famílias eram amigas. E não pude deixar de ir, e fui. Fiquei normal, mas com ela eu estava frio e calculista. Qd ví meu primo chegar no portão, já desci baixando a porra nele, porra bati muito naquele filho da puta e quando nossos pais conseguiram nos separar, falei em alto e bom som que ela era uma vagabunda, uma puta. Que ela se deitava com o meu primo e se fazia de boa moça. Que ela merecia o respeito da minha família, muito menos o meu. E que o meu primo era a escória do mundo, ele cresceu cmg, eu o tinha como um irmão e o filho da puta me apunhalou. Nem preciso dizer que o noivado do irmão dela foi pras cucuias.

Foi o pior dia da minha vida.

Meu primo parou no hospital, levou 7 pontos no nariz, e fraturou o braço esquerdo pelas porradas q levou. Isso foi pouco, tinha que ter apanhado mais pra aprender a ser homem. Filho da puta do caralho. Desse dia em diante a família se dividiu. Nada mais foi como antes.
Quanto a vadia, teve que voltar pra casa dos pais, perdeu o carro, o apartamento, trancou a faculdade já q os pais dela não podiam arcar com as mensalidades. Foi escrachada e humilhada na rua dela, no orkut, e de quebra levou umas porradas do pai dela, que me deu toda a razão.

Tempos depois, me implorou perdão, chorou, foi a minha casa... e abri a porta. Eu tava carente, arrasado e mal. Mas um momento de fragilidade é só um momento, logo me recuperei. A comi de todas as formas, bati na cara dela e ela crente q com isso tava me ganhando. Se fudeu!

Qd ela voltou do banho ainda enrolada na toalha, a peguei joguei ela no corredor do prédio e joguei uma nota de 50 reais e disse: Caso o meu primo não venha te pegar, isso aqui é pra vc pegar um táxi! boa noite" E joguei as roupas, bolsa e sapato pela janela.

Detalhe: moro no 14º andar. Ela teve q descer tudo, enrolada numa toalha.

Ainda dói lembrar dessa porra toda. É muito ruim sofrer tanto por uma vadia que nunca mereceu um esforço sequer.

Hoje, quase 2 anos depois desses episódios, voltei a namorar. Estou com alguém legal, porém, não confio um terço do que eu confiei no passado. Tudo é diferente. Cada um tem sua vida e suas coisas. Não arco com nada, nossas saídas são divididas igualmente. Hoje por exemplo, saímos e ela quem pagou minha gazolina. Foi até estranho, já que nunca tive isso.

Não me iludo mais, não me empenho mais, deixo rolar. É bem melhor assim.

Hoje durmo em paz, tranquilo, na certeza de que fui Homem pra caralho, assumi a mulher em todos os sentidos, fui amigo, fiel, romântico, mimei, cuidei e pergunto: pra que???

O Silvio usou uma expressão q define bem o que eu era: MATRIXINIANO.

Quando eu lembro das viagens q deixei de fazer, de pessoas q deixei de conhecer, só por causa dela... me faz crer q a minha vingança foi "singela" diante da minha raiva.

Um dia desses cruzei com ela num shopping e estava trabalhando num stand de comésticos. Passei por ela, eu estava com a minha nova namorada, e fiz questão de parar e comprar algo. Uma colega dela veio nos atender... e vi q os olhos dela encheram de lágrimas. Isso me fez tão bem. Hoje ela tá fudida, não estuda mais, não usa mais roupas de marca e trabalha pra ganhar uma miséria. Se fudeu!!!

Agora perguntem quem saiu perdendo nessa história toda??? rs
Desculpem, mas como bem disse o Maximus... agora eu vou ter o sono dos injustiçados!
hahahahahahahah

Valeu pelo o apoio pessoal.
Boa noite ae!

Créditos: http://central-bufalo.blogspot.com.br/2011/06/fui-otario-mas-aprendi.html