O Mal da Hipergamia e o Declínio Civilizacional

abril 16, 2018 , , 0 Comments

O MAL DA HIPERGAMIA E O DECLÍNIO CIVILIZACIONAL


Em tempos passados – antes da revolução sexual e o consequente colapso da família e da moralidade – o impulso da hipergamia feminina era contido e cerceado pela convenção social. A mulher era tida como promíscua se provada sua infidelidade – em pensamento, palavra ou ato – contra seu esposo. De forma similar, o tipo de homem que seduzisse uma mulher já casada era castigado como desonroso, tendo como consequência de sua infidelidade até mesmo linchamentos ou perda do seu sustento.


De fato, essa rígida humilhação social decorrente da infidelidade de uma das partes serviu um propósito cultural crucial: a coação da monogamia impediu que todos os homens de alto status monopolizassem uma grande porção das mulheres deixando os “betas” sem oportunidade igual de reprodução. Nada disto, é claro, preveniu que, tanto homens quanto mulheres cedessem à libido de vez em quando usando como artifícios a prostituição, pornografia, amantes ou até mesmo a publicação e distribuição de romances obscenos, excitantemente recontando namoricos que eram folheados em segredo durante a masturbação. Tais comportamentos são esperados apenas quando as pessoas não são exigidas a negar a si próprias seus desejos para o bem da continuação de suas civilizações. A força do Eros é intrínseca à natureza humana de tal modo que um magnetismo conduz o macho à fêmea e, no final das contas, o coração “ainda quer o que quer”. O coração indisciplinado, no entanto, é decerto um órgão degenerado.

Nos dias anteriores à revolução, era requerido e imposto à mulher que controlasse sua propensão e tendências hipergâmicas – do contrário esta seria evitada pela sociedade. Porém, na atualidade, há uma perversa inversão cultural que vilipendia e crucifica não o homem que tolera a promiscuidade, mas aquele que tem a temeridade de instruir uma mulher a ser modesta, decente e casta. O cavalheiro que escarniar uma mulher promíscua é agora tido com o mesmo desprezo que antigamente era reservado apenas às vagabundas; enquanto ela própria é aplaudida ostensivamente por “empoderar-se de sua sexualidade”. Esta retórica é obviamente desonesta, pois, para que alguém possa conquistar o poder sob si mesmo é necessária autoprivação, e não se entregar à compulsiva autogratificação. O obeso em recuperação empodera-se ao controlar seus impulsos pela comida, o alcóolico empodera-se quando se livra da bebida e a mulher promíscua empodera-se optando por não se comportar mais como uma completa vagabunda. Deste modo, é possível concluir que apenas um elevado grau de ascetismo e comprometimento podem reconduzir o ser para fora do lamaçal do vício e de sua degeneração em direção ao pleno controle de suas faculdades mentais, retomando as rédeas do próprio destino ao fazer escolhas conscientes.

Uma mulher afligida pelo mal da hipergamia, no entanto, tem um fraco ou inexistente controle dos seus impulsos sexuais. Ela irá se comprometer ao seu parceiro na medida em que ele ocupa uma posição de status em sua mente. Uma vez que esse status entra em declínio e esvanece, a mulher fica inquieta, se desapega e começa a olhar para outros homens. Ela perde o encanto tão rápido e facilmente quanto se apaixona, pois, o tempo todo, suas inclinações não eram verdadeiras manifestações do “amor”. Brota no seu âmago um apetite primitivo e anomalístico pela sensação de sempre estar satisfeita, encantada e revigorada – não importando qual seja o custo para os outros.

A cura para hipergamia, como todos os vícios, é certamente apropriar-se do controle sob si. Reconhecer seus apetites e a necessidade de restringi-los. Lamentavelmente, estamos em uma época onde as mulheres não são encorajadas a serem virtuosas – vivemos em tempos da cultura “lacrou mana, arrasou viada”. Burrice é tida como empoderamento. Ausência de decência é chamada de coragem. A inocência é zombada enquanto o comportamento desregrado é considerado erudito. Tudo isto enquanto a indigência humana atinge níveis alarmantes. Curiosamente, as próprias mulheres, quando libertas de sua infâmia causada pelo maligno condicionamento social, provam ser entre todos as mais miseráveis.

A essas mulheres foram vendidos ideais vazios; e elas os compraram. E ao incorporar esses valores invertidos, elas se trapacearam descartando quaisquer possibilidades de ter uma vida plena de satisfação e felicidade. Ainda, elas persistem. Ainda, a instituição do casamento se torna mais degradada. E ainda nossa civilização continua a desmoronar em queda livre.

“Uma sociedade em que homens e mulheres são governados pela crença da duradoura ordem moral, por um forte senso do que é certo e errado, pelas convicções acerca da justiça e honra, será sempre uma boa sociedade.” – Russel Kirk

Fontes:
https://alternativeright.blog/2017/10/26/maligant-hypergamy-and-civilizational-decay/
https://dicipres.wordpress.com/2012/04/17/womens-hypergamy-and-mens-variety-seeking-are-the-same-thing/
EVOLA, Julius. Eros e os mistérios do amor: A Metafísica do Sexo (1958)

Texto original na língua inglesa escrito por Andy Nowicki disponível no blog Alternative Right desde 26/10/2017.

Imagem e tradução por:
#MediterraneanWithLasers

Créditos:
https://www.facebook.com/retrowavebrazilianaesthetic/photos/a.1385675374821064.1073741828.1385663274822274/1442774815777786/

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