Charis D'Cruz - A Verdade Sobre a Bíblia

Quando eu li a Bíblia pela primeira eu não tinha conhecimento acerca de nada, eu apenas queria sanar duvidas pessoais e acima de tudo saber a verdade.
No Velho Testamento estava bem claro que os judeus eram os escolhidos e que só eles seriam salvos. Uma depressão tomou conta de mim. Eu vi que mesmo fazendo tudo certo, mesmo fazendo o que Deus queria, eu não seria salvo, pois eu não era um judeu. Passou-se até pela minha cabeça casar com uma judia para que pelo menos meu filho fosse salvo, já que ele nasceria judeu. Para você ver a que nível as coisas tinham chegado...

Eu não entendia nada sobre raças na época, mas no Velho Testamento já deixava claro que não se tratava de conversão - de se converter ao judaísmo - mas sim de sangue, ou seja, você teria que pertencer aquele povo em uma herança de sangue - traduzindo, ser da raça deles.

Minha família vem de uma longa tradição católica, sendo assim eu cresci na igreja católica e fui moldado por tal. Porém, lendo o Velho Testamento, ou seja, livros escritos por ditos profetas e homens de Deus judeus, sobre moral, costumes, etc, eu vi o quão errado a igreja católica estava. Eles adoravam santos, estatuas, rezavam para Maria e mais para ela do que para Deus, e tantas outras coisas, pensava eu. Assim, eu decidi me aventurar nas igrejas protestantes e achei elas mais corretas, mas isso só foi apenas até eu chegar no Novo Testamento e ver que essas eram muito piores que a católica.

Eu terminei de ler a Bíblia inteira e algumas dúvidas foram sanadas, contudo muitos outras vieram. Algumas pessoas leem a Bíblia e veem muitas contradições e acabam por perder a fé, eu, contudo, ajudado pelas crenças que me impuseram desde que nasci, via a Bíblia como a verdade absoluta e meu pensamento é que não havia contradições nela, mas sim que eu não conseguia entender no momento o que estava sendo dito, e isso me auxiliou a não perder a fé e ir atrás de respostas e só parar até encontra-las. De fato, achei respostas para muitas coisas das quais pessoas comuns não conseguiam entender e portanto viam aquilo como contradição e perdiam sua fé. Contudo, haviam muitas coisas confusas e muitas contradições que eu não conseguia entender e nada parecia explicar. Eu não achava, e até o momento que escrevo isso ainda não achei, uma resposta para essas dúvidas cruéis que só aumentavam e se amontoam como uma teia de aranha que se emaranha em mim.


Entendendo a Bíblia
Relendo a Bíblia, já tendo nesse período conhecimento acerca das raças humanas e sobre a questão judaica, eu pude entender a Bíblia. Todas aquelas contradições bíblicas começaram a fazer sentido para mim.

Relendo o Velho Testamento eu dei-me conta de algo tão óbvio, mas que a maioria das pessoas não se dão conta - e eu me incluía -. Eu percebi que o Velho Testamento é a crença dos judeus, os seus valores, sua história, sua moral, seus costumes e suas tradições.

Em fato, o livro sagrado dos judeus, o Torah, é basicamente o Velho Testamento. Sim, os livros que compõem a Torah são os mesmos que compõem o Velho Testamento da Bíblia. Então, eu estava lendo o livro sagrado dos judeus em essência e era cego quanto a isso. Tudo naquele momento começara a fazer sentido.

Eu percebi que aqueles profetas - pelo menos não a maioria deles, e digo isso pois não quero generalizar, embora acredite que sejam todos - não diziam algo que Deus mandou, mas sim diziam por eles mesmos, pelo interesse deles, e diziam que era Deus quem falava aquilo e eles só estavam transmitindo a mensagem, assim como os pastores das igrejas protestantes fazem hoje. Justamente por isso que eles só profetizavam em favor dos judeus e de Israel e pregavam seu ódio contra toda e qualquer nação ou povo que não fosse os judeus - ou goyims, termo pejorativo que eles usam para se referirem aos não-judeus, ou gentios como traduziu-se -, bem como qualquer religião que não fosse a deles.

Em várias passagem mostra que outros povos cometiam algum pecado, mas seriam aniquilados completamente, mesmo não sabendo das vontades de Deus, enquanto os judeus mesmo sendo os supostos escolhidos de Deus, e tendo conhecimento do que Deus queria e seus mandamentos, faziam atrocidades terríveis, piores do que qualquer outro povo pagão, mas eles seriam perdoados, claro...

Essa hipocrisia e injustiça iravam-me profundamente. Eu não conseguia ver como isso era certo, como isso era justo. Eu não conseguia ver sentido nessas coisas absurdas. Porém, como dito, todas as peças estavam se encaixando e as contradições e falta de lógica começavam a fazer sentido.

Eu pude ver a supremacia dos judeus que desde sempre - algo inato a sua raça sem dúvidas - se consideravam superiores a tudo e a todos, se consideravam perfeitos, semi-deuses. O Velho Testamento trata-se apenas da arrogância e supremacia dos judeus. Em quase todos livros do Velho Testamento é dito que os judeus guiarão, como líder, os outros povos, que as outras nações do mundo servirão aos judeus e irão atrás deles para se salvarem, pois a salvação vem dos judeus e Israel. Muitos deles ainda hoje, por exemplo, dizem que quando o Messias vier - pois eles acham que ainda não veio - cada judeu terá 10 mil escravos. Já vi inclusive um vídeo de judeus dizendo que nós, os goyims (não-judeus), não somos humanos, que só os judeus são humanos porque eles são a imagem e semelhança de Deus, e nós não, portanto nós somos apenas gados e que estamos aqui para servi-los.

Novo Testamento
Acreditava eu que no Velho Testamento a única palavra de Deus era o gênesis e os Mandamentos. Apenas isso. O resto eram falsos profetas; judeus supremacistas que pregavam sua superioridade, coisas boas ao seu povo e desgraça aos que quer que não fossem, seu conceito de moral, enfim. Mas eu pensei que no Novo Testamento o Filho de Deus tinha vindo anunciar a verdadeira palava de Deus. Anunciar seus mandamentos e a boa notícia de salvação para todos os povos, pois todos somos filhos de Deus - ao contrário do que pregam os judeus.

Todavia, Jesus cita muito o livro de Isaías que é o pior do Velho Testamento. É o livro mais arrogante, condescendente, supremacista e xenófobo do Velho Testamento. Isso me levou a desconfiança do Novo Testamento. Veja um trecho do livro de Isaías abaixo e me diga o que acha:

"O Senhor diz ao povo de Israel: 'Vocês ficarão com as riquezas do Egito, da Etiópia e dos moradores de Sebá, aquela gente alta. Vocês os derrotarão, e eles serão os seus escravos; e, presos com correntes, irão andando atrás de vocês. Eles se ajoelharão na frente de vocês e declararão humildemente: ‘Deus está com vocês, e não há outro deus além dele.’' O Deus de Israel, que salva o seu povo, é um Deus que se esconde das pessoas. Os que fazem imagens serão humilhados, todos eles passarão vergonha. Mas o povo de Israel foi salvo pelo Senhor; ele os salvou para sempre, e eles nunca serão humilhados, nem passarão vergonha." (Isaías 15:14-17)

Porém, Jesus realizou muito milagres, ele curou cegos, aleijados, e muitas outras coisas, até mesmo ressuscitou pessoas que estavam mortas. Claro que no Velho Testamento tais coisas também foram feitas por outro profetas, inclusive ressuscitar alguém como foi o caso de Elias que abraçando um garoto morto o ressuscitou. Contudo, Jesus falava com muita autoridade, como se não fosse um simples homem, e os mais respeitado dos profetas tinham Jesus como alguém muito superior, como se Jesus fosse um anjo ou mesmo o filho de Deus de fato, inclusive João Batista que é revelado ser o próprio Elias - no Velho Testamento é dito que Elias não morreu, mas foi arrebatado ao céu e sumiu desde estão.

Mas tem um episódio que Jesus se negou a ajudar uma mulher cananeia porque era não era judia e disse que veio para salvar Israel não os outros (Matheus 15:21-28), dizendo até mesmo para ela "Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos." comparando-nos assim a cachorros, como se os judeus fossem superiores a nós e os únicos que seriam salvos, os únicos que eram filhos de Deus. Claro, que isso pode ter sido muito bem uma metáfora, mas é impossível não se sentir ofendido e humilhado com essa comparação. Há também outra passagem que Jesus diz aos 12 apóstolos - que representam as 12 tributos de Israel - que quando ele se sentar em seu trono de glória os 12 apóstolos se sentarão em 12 tronos e irão julgar as 12 tributos de Israel e dá a entender que tudo gira em torno de Israel e dos judeus. Por que não ter discípulos que para julgar cada nação ou povo, mas somente os judeus?

Contudo foram os próprios judeus que condenaram Jesus a crucificação e até hoje o renegam, insultam, e o odeiam, assim como todos que o seguem. Eles odeiam tudo o que Jesus representa. Então, porque continuar difamando e odiando alguém mesmo milhares de ano após sua morte? Isso só me leva a crer que Jesus falava a verdade, e sabemos que a verdade é inimiga deles!

Vejo também que em toda a Bíblia Deus é refiro como Deus de Israel e não como Deus de todos os povos e nações, como o Deus de tudo, o Deus soberano, mas estritamente de Israel. Mas talvez isso seja culpa das tradições, pois lembro que quando criança era escrito Deus e Senhor Deus no que hoje só é Deus de Israel - entretanto, provavelmente essas traduções que vi quando criança foram traduções visando o popular, então eles não traduziram certo, ou seja, Deus de Israel, para assim atingir fieis do mundo inteiro. Ou hoje em dia eles mudam por causa da judaização do cristianismo. Quem sabe...

Lembrando também da influência judaica no Concilio do Vaticano! Eles estavam lá e influenciaram tantas coisas que é trabalhoso lista-las, mas basta você pesquisar e verá esse absurdo (se você conseguir, claro, já que o Google está censurando tudo hoje em dia e retirando sites e páginas da sua busca).

Porém, como podemos saber se isso tudo é verdade? Sim, têm-se provas de que Jesus existiu! Fontes fora da Bíblia confirmam isso. Mas como confirmar o que a Bíblia diz? Talvez algumas coisas sejam verdadeiras e outras fantasiosas. Talvez Jesus tenha sido um grande homem, um grande líder, um profeta, mas houveram distorções históricas como as pessoas sempre fizeram. Por exemplo, do mesmo jeito que nós cristãos vemos Jesus os muçulmanos veem Mohammed (Maomé). Quando nós pensamos em Mohammed não vemos nada além de um homem, um homem que se eternou para muitas pessoas que o tem como um grande líder, sábio e profeta. Mas não o seguimos, não acreditamos nele, nem achamos que ele é o filho de Deus ou mesmo um profeta, mas sim um homem qualquer que influenciou negativamente muitas pessoas que seguem o que ele dizia e o idolatram. Da mesma forma, os muçulmanos não veem Jesus como o vemos. Eles veem Jesus como um homem, um profeta talvez, mas não o filho de Deus, nem muito menos seguem Jesus. Para eles Mohammed e seus ensinamentos é a verdade, para nós Jesus Cristo e seus ensinamentos é a verdade. Sua vida e crenças serão moldadas dependendo de onde você nasça!
Sempre houveram grandes sábios e lideres na humanidade como Zoroasta, Siddhartha Gautama (Buddha), Confucio, etc. Eles eram homens diferentes e cada um deles pregava sua visão e ideias da sua maneira e seus seguidores criaram sua mentalidade, sua visão de vida, a partir disso. Vidas de pessoas foram moldadas influenciadas por esses homens.
Penso que talvez Jesus, como um homem muito sábio e inteligente, usava metáforas muito difíceis de compreender e por isso más e equivocas interpretações foram-lhes dadas.

Fatos Importantes
Uma coisa que me ajudou a entender tudo, fez todas as peças se encaixarem, é que eu peguei uma Bíblia de estudos para ler e nas notas eu vi que muitos versículos foram acrescentados posteriormente. Havia livros no Velho Testamento onde os profetas profetizavam contra Israel e os judeus e diziam que eles era uma raça maldita, que seria destruída completamente por Deus e que Ele nunca os perdoaria, mas logo em seguida aparece um versículo dizendo que Deus vai perdoa-los, eles voltarão para Deus e farão sua vontade, e todos os povos vão servir a eles e eles serão um guia para os outros povos do mundo. Isso não fazia sentido para mim. Era a maior incoerência que eu via na Bíblia. Mas quando percebi que essas partes, sempre depois de uma profecia de destruição aos judeus e Israel, eram acrescimentos posteriormente eu compreendi tudo. Os judeus não podiam deixar a imagem deles suja. Isso me fez questionar: se essas partes foram acrescentadas o que mais não foi adulterado na Bíblia? Como podemos confiar no que lemos agora? E como podemos confiar nas traduções atuais também?

Penso que a Bíblia tem muitas adulterações em favor dos judeus. Os próprios fizeram isso. Talvez eles tenham feito isso bastante no livro de Isaías também. Lembro de uma notícia de que os judeus queriam retirar as passagens "antissemitas" presentes na Bíblia - ou seja, as passagens que falavam a verdade sobre eles -. Então, por essas coisas que vemos muitas incoerências e desacreditamos de muitas coisas e perdemos nossa fé.

Desmistificando a Bíblia
Todo dia eu era assombrado pelo medo do inferno. Eu acordava de madrugada assustado achando que eu ia pro inferno ou até mesmo sentia como se eu estivesse no inferno - eu sentia como era passar a eternidade queimando em um lugar de fogo sem salvação.

Um dia, acordei novamente de madrugada com um tremendo pavor do inferno, eu não parava de pensar nisso, em que como era estar naquele lugar e no que eu poderia fazer para não ir para lá - mas nada parecia se suficiente para que eu merecesse o Céu - Sem sono e angustiado eu resolvi pesquisar na internet sobre isso. Eu li que o inferno não existia; que na verdade foi uma interpretação equivocada. No Velho Testamento não se ouve falar de inferno, apenas no Novo Testamento. No Velho Testamento é dito sempre que quando morremos vamos para um sono eterno. E esses sites falavam justamente que no Velho Testamento, que foi escrito em hebraico, a palavra para se referir ao mundo dos mortos era "sheol", e ele nada mais era do que um termo para se referir ao abismo e sepultura. "De acordo com o pensamento dos israelitas antigos, um abismo escuro e silencioso situado nas profundezas da terra, para onde todas as pessoas iam depois de morrer". No Novo Testamento, que foi escrito em grego e depois traduzido para o latim, a palavra "sheol", porém, foi traduzida para o latim como "infernus" e "hades" para o grego, o que causou grande confusão e mal entendimentos. Então, o inferno seria apenas a sepultura. Isso me aliviou bastante, mas também me prejudicou muito.

Outra confusão se dá com os demônios. A palavra Lúcifer vem do latim "lux fero" e significa "portador da luz" e foi somente um termo dado ao grande rei Nabucodonosor que conquistou muitas terras e povos, por isso que essa palavra só aparece no livro de Isaías. Nos textos da Bíblia hebraica e grega, esta palavra (Lúcifer) não aparece. No no original hebraico é dito: “Como caíste dos céus, estrela filha da manhã. Foste atirada na terra como vencedora das nações”. O texto grego, em Isaías 14:12, que originou as palavra no latim foi “ró eosfóros” (a luz matutina, astro brilhante) e “ró proi anatelon” (nascida da manhã).

Já a palavra Satanás ou Satã é um termo hebraico que os judeus criaram após o convívios com os babilônicos, que seguiam o zoroastrismo, por isso, o seu aparecimento na Bíblia só ocorre no livro de Jó e nos outros livros escritos após o exílio Babilônico, e significa “acusador”, “opositor”. Foi do Zoroastrismo que os judeus aprenderam a crença em um Ahriman, um diabo pessoal, que, em hebraico, eles chamaram de Satan. Jesus, por exemplo, chama Pedro de Satanás quando Pedro repreende Jesus por dizer que vai ser entregue aos doutores da lei e judeus, ser torturado e morto e depois ressuscitar (Matheus 16:23).

E demônios vem do grego δαιμόν (daimon), através do termo latino daemonium, considerados espíritos impuros ou anjos caídos, os demônios são os deuses dos pagãos apenas. Por isso que você verá muitos nomes de demônios conhecidos e eles são na verdade, somente, os deuses que os pagãos acreditavam e adoravam, como Baal que era o nome do principal deus masculino dos fenícios e cartagineses, ou Belzebu que era uma divindade nas mitologias filisteia e cananeia, etc.

Racionalismo
Hoje vejo a Bíblia racionalmente e me questiono várias coisas que não parecem certas de maneira alguma - apenas costumes de um povo perverso e com uma moral duvidosa - como por exemplo, matar animais inocentes de maneira cruel para ser absolvido de pecados que cometeu. O pecado foi da pessoa ou do animal? Então porque ele tem que ser sacrificado? E do que adianta sacrificar animais para ser absolvido de pecados se continua fazendo a mesma coisa, se o coração é o mesmo; ele apenas fez um ritual e somente isso - um placebo talvez.

Outra coisa também é em relação as comidas. É dito que algumas comidas deixam a pessoa impura e se ela comer ficará impura por dias - e isso não acontece somente com comida, mas ao tocar em um corpo morto, seja humano ou animal, ou ter relações com uma mulher menstruada, etc - Qual a lógica disso? Porque ficamos contaminados? E o que seria essa contaminação e como podemos saber se ela é real e quando fomos purificados? Quando li a Bíblia pela primeira vez eu fiquei nessa paranoia da Torá, digo, do Velho Testamento, e qualquer coisa que eu fazia eu me achava impuro e até me sentia mal, mesmo sendo coisas que eu fazia há muito tempo e nunca senti isso, como comer bacon por exemplo que é carne de porco, ou seja, uma comida impura e proibida. Hoje vejo que isso é tudo coisa da cabeça, da imaginação. Se você acredita que algo te deixa impuro e você está pecando, você se sentirá mal, simples assim. E se não acredita, você não se importará e não sentirá nada. Quando penso nisso me vem a mente algo dito por Yamamoto no famoso livro Hagakure:

"Embora digam que os deuses são avessos à contaminação, tenho minha opinião sobre o assunto. Nunca negligencio o culto diário. Mesmo quando fico salpicado de sangue no campo de batalha, ou tropeço em cadáveres ao lutar, acredito na eficiência das orações aos deuses pedindo sucesso militar e longa vida. Se os deuses são daqueles que ignoram minhas orações simplesmente porque fui contaminado pelo sangue, estou convencido de que nada posso fazer, por isso continuo com meu culto, a despeito da poluição."

Penso que impureza é algo de dentro, do coração, uma pureza espiritual, moral, não essa impureza física. E o próprio Jesus Cristo confirma isso ao dar uma lição aos judeus dizendo que o que torna impuro não é os alimentos, pois eles entram pela boca, passam pelo estomago, e logo saem do corpo. O que torna impuro é o que sai não o que entra.

Mais uma coisa, a que me deixa mais revoltado, uma coisa que não consigo ver sentido algo, é o fato de Deus, segundo a Bíblia, se mostrar somente aos judeus; mostrar sua Palavra apenas para os judeus. Qual a lógica disso? Porque excluir todos os outros povos e dar prioridade ao pior deles? E se os outros povos não tem conhecimento acerca de Deus e da sua Palavra como eles podem ser punidos? Eles não sabiam o que era certo nem errado, ora... Então, como há justiça nisso?

O próprio Jesus disse a uma samaritana (hebreus com dogmas um pouco diferente dos judeus): "Vocês adoram o que não conhecem, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus." (João 4:22)

Mesmo no Novo Testamento o próprio apostolo Pedro disse: (Ato dos Apostolos 11)

Conclusão
Confesso que sinto que estou blasfemando ao escrever esse texto devido a maneira cristã que fui moldado desde criança. Porém, graças a Deus, eu consigo enxergar a Bíblia com outros olhos agora. Antes eu só a via pela cegueira da fé e tomava aquilo tudo como uma verdade inquestionável. Hoje eu consigo pensar com racionalidade. Contudo, ainda preservando a minha fé, o que causa uma sintonia perfeita. Assim não pendo para algum dos dois extremos que causa perdição. Assim consigo ver as crenças erradas ou nocivas que implantaram em mim. Um exemplo de crença errada, ao meu ver, é que a Bíblia inteira é inspirada por Deus. Não! Perdendo um pouco o medo de blasfemar eu pude ver que foram homens que escrevam aquilo segundo suas crenças e ideologias. Claro, que não estou dizendo que todos são assim, creio que Moisés por exemplo conversou com Deus e pregou o que Deus queria, a mensagem que ele recebeu de Deus. Pelo menos é assim que penso até o momento.

Por fim, não tomem isso como verdade ou algo finalizado. Não! Isto é apenas o que eu penso no momento! Eu ainda não terminei meus estudos, minha busca pela verdade! A jornada parece ser longa, mas espero encontrar as respostas que busco e enfim poder revela-las a você.

Eu não queria escrever isso, nem nunca comentei com ninguém a respeito disso, pois não quero que as pessoas percam a fé delas. Se eu estiver errado eu não quero condenar ninguém a nada. Meu intuito não é desviar ninguém da sua fé.

Eu busco a verdade e luto pela verdade seja ela qual for! Eu só peço a Deus força para suporta-la. Sei também, contudo, que isso tem um preço...

Texto por: Charis D'Cruz