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O Homem e a Morte: O Final de Tudo - Parte 22


Fazem 3 anos que meu pai morreu, então eu tive que exumar o corpo e colocar os ossos em um ossuário, que é preciso comprar (e pagar sua manutenção anualmente). Descobri que quem não pegar os restos mortais depois desse tempo, os funcionários do cemitério queimam todos eles juntos em uma grande cremação e sabe-se lá o que fazem com as cinzas.

Como vencer o vício em pornografia de vez


Assim como a maioria do homens eu fui um viciado em pornografia/masturbação. Na minha época não existia nenhum conteúdo sobre os malefícios disso, mas, mesmo sem conhecimento algum, sentíamos que algo estava errado. Achei, por acaso, um PDF, falando dos malefícios da masturbação e fiquei assustado; vi quanta coisa ali era real e estava acontecendo comigo ou poderia acontecer realmente. Tentei parar com esse vício sozinho várias vezes; já não me sentia mais bem. Chegou uma hora que eu estava muito mal, já estava no fundo do poço. Toda hora eu rezava para Deus para me livrar desse vício, mas sempre caía em tentação, e assim que eu pecava eu caia de joelhos em arrependimento e pedia perdão e forças a Deus.

Conheci, então, outro livro que falava como vencer a pornografia (algo raro). Tentei os métodos daquele livro, mas não funcionou. Infelizmente, ele era o único material em português sobre este tema. Porém, conheci um fórum onde viciados em pornografia se reuniam para tentar vencer o vício e se apoiar, postando relatos e conselhos. Neste fórum eu vi cada depoimento extremamente pesado; vi pessoas piores do que eu, pessoas que fizeram coisas horríveis que se arrependem amargamente e terão que conviver com isso para o resto da vida. Vendo aquilo eu dei graças a Deus por não ter ido tão longe assim, e disse para mim mesmo que eu não queria chegar naquele nível. Eu fiquei traumatizado com aqueles relatos e isso me deu forças para ver onde eu não queria estar. Trocamos conselhos e experiências no fórum, mas nada disso parecia ajudar. Eu ficava longe do vício por semanas, mas depois caia em tentação de novo. Nenhum método parecia funcionar.

Uma vez e cheguei a ficar uns 140 dias sem pornografia/masturbação, mas caí em tentação. Parecia que era um vício que não se tenha como vencer, pois uma hora cederíamos. Não havia um método 100% eficaz para te livrar de vez do vício.

O Homem e a Morte: Seneca - Parte 18


"[...]Grande parte da vida escapa aos que fazem poucos, a maior parte, aos que nada fazem e a vida inteira, aos que fazem o que não importa. [...] De fato, nos deixamos enganar quanto a isso, porque vemos a morte mais à frente: grande parte dela já está no passado. Tudo na existência que ficou para trás pertence à morte. logo, meu caro Lucílio, faz o que me escreves que vens fazendo: abraça todas as horas. Assim, acontecerá de dependeres menos do amanhã se tiveres tomado o hoje em tuas mãos. Avida transcorre enquanto é adiada." - Sêneca, Edificar-se para a morte (Das Cartas Morais a Lucílio), Editora Vozes, Pág 15-16

O Homem e a Morte: Epicuro - Parte 17


Carta Sobre a Felicidade (a Meneceu):


"Acostuma-te à idéia de que a morte para nós não é nada, visto que todo o bem e todo o mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade.

O Homem e a Morte: Sonho - Parte 15



Há uns dois ou três dias, acho que no dia 19/07/2020, eu tive uma especie de visão.

Eu fedia. Era um fedor muito forte. Meu corpo estava apodrecendo. Eu estava em decomposição. Os vermes me comiam. Eu estava enterrado. Estava em um caixão. Eu via tudo aquilo, porém não podia me mexer, nem fazer nada. Eu só sentia aquele fedor e via meu corpo se desfazendo. Desesperado eu precisava de ajuda. Mas ninguém podia me ajudar. Eu estava sozinho. Não havia nada que pudesse ser feito. Eu estava desaparecendo. Minha existência estava sumindo em meio àquela podridão. Lentamente, sendo corroído, eu deixava de existir.

Neste momento, porém, eu tive uma epifania. Eu vi que meu corpo se desfazia e iria virar adubo para o solo. Nesta visão eu pude ver, não tão claramente por causa de uma luz branca principalmente, que havia crescido uma arvore onde eu havia sido enterrado.

O Homem e a Morte: O Sétimo Selo - Parte 13


Det sjunde inseglet, em português "O Sétimo Selo" é um filme sueco de 1956 que conta sobre um cavaleiro que após retornar das Cruzadas encontra a Morte. O cavaleiro, chamado Antonius Block, propõe a Morte que joguem uma partida de xadrez e se ele vencer a Morte lhe dará mais tempo, mas se perder ele irá com a Morte.

Nunca um personagem me representou tão bem quanto Antonious. No início, ele se encontra com um padre em um confessionário e lhe revela seu tormento. O padre pergunta: "Ainda assim você não quer morrer?" ao que ele responde "Sim, eu quero!". Então, o padre diz: "E o que está esperando?", e Antonious responde "Conhecimento!". O cavaleiro desejava ganhar mais algum tempo, pois queria conhecimento, ele queria a verdade. Ele questiona: "Porque Deus tem que se esconder em uma neblina de promessas e milagres invisíveis? O que seria dos que queriam acreditar, mas não podiam? E quanto aos que não irão acreditar?" E diz ao padre: "Eu quero conhecimento, não fé, presunções ou obediência cegas. Quero que Deus estenda as mãos para mim, que mostre seu rosto, que fale comigo!". O padre continua "mas ele fica em silêncio...", o cavaleiro prossegue "Eu o chamo no escuro, mas parece que ninguém me ouve", o homem santo retruca "talvez não haja ninguém para responder", desconsolado Antonious diz "Se for verdade, a vida não significa nada... Alguém consegue viver essa vida sem achar que será recompensado no final?", o padre consola "a maior parte da humanidade nunca pensa no lado ruim", porém o cavaleiro sabia a verdade "mas um dia na vida terão de olhar para a escuridão", e o padre a confirma "Sim... um dia terão". Após este dialogo Antonious descobre que o padre era na verdade a própria Morte!

Eu sempre vi em filmes cenas semelhantes. Homens com grandes questões se confessando para um padre que lhes dirige palavras de sabedoria, lhes iluminam, e muitas vezes os guiam. Contudo, eu jamais tive alguém inteligente e espiritualizado para ter uma conversa assim. Eu sempre estive rodeado de pessoas medíocres que só pensam no agora, que só pensam em curtir a vida, curtir o momento, e não estão nem um pouco preocupadas com grandes questões, com o que realmente importa. Eu já vi até mesmo vários que nunca pensaram na morte ou no que há, ou se há algo, depois dela. O mais perto que cheguei disto foi com o padre da minha igreja - que era meu padrinho -. Lembro que enquanto acontecia a missa eu gostava de ficar no fundo da igreja vendo aquela paisagem e aquele belo por do sol que só tinha ali. Eu ficava ali até o anoitecer meditando, apreciando, refletindo. Aquilo me dava uma paz de espirito incrível. Em um desses dias, quando eu era criança, eu estava sentado, meu padrinho apareceu e sentou-se comigo, pois ainda faltava tempo para a missa começar. Olhando aquele entardecer, que mais parecia uma pintura, era como se Deus estivesse naquele lugar. Ficamos parados, em silêncio, admirando e aproveitando o momento. Completamente imerso em reflexão perguntei ao meu padrinho se ele achava que estávamos sós no universo. Com seu tom dócil e amoroso ele disse-me que se Deus havia nos criado, então por que não poderia ter criado outros seres? Tive algumas outras oportunidades, embora bem poucas, de falar-lhe, e ele era muito sábio, mas o mais importante e notável era sua compaixão, sua ternura. Parecia que qualquer pergunta ou resposta não era nada diante do seu amor. Parecia que no fim, a resposta era justamente está... Não importava quais perguntas me afligissem, mesmo que ele não tivesse resposta, sua ternura já aliava meu sofrimento. Contudo, ele já se foi.

Antonious precisava continuar jogando com a Morte de tempos em tempos e ganhar dela para continuar a viver. No momento que ele perdesse, ele iria ser levado.

O cavaleiro tenta obter as respostas da qual necessita antes que seu tempo se acabe. Ele observa as situações da vida e reflete sobre. Uma vez ele chega a comentar com Mia, uma mulher que ele conheceu em seu percurso: "A fé é uma aflição terrível. É como amar alguém que está no escuro e não aparece quando se chama".

Antonious não tem medo da morte, mas ele quer encontrar as respostas que procura antes de partir. O mesmo se dá comigo. Eu necessito encontrar as respostas, a verdade, só assim me sentirei livre para ir.

Em um momento de sua caminhada ele encontra uma mulher que vai ser queimada, pois é dito que ela esteve com o diabo. Ele se dirige a mulher e pergunta se era verdade que ela esteve com o diabo. A mulher pergunta o porquê ele quer saber. O cavaleiro então responde que quer encontra-lo também. Curiosa, ela pergunta por qual motivo, e ele diz: "Quero perguntar a ele sobre Deus! Ele deve conhece-lo melhor do que qualquer um". A mulher resolve mostre-lhe o diabo e manda que ele a olhe nos olhos. Ela pergunta em seguida: "O que você está vendo? Você o vê?", mas o cavaleiro responde "Tudo que consigo ver é terror. Nada mais.". Assim, a mulher encontra seu fim e ele se vê sem sua resposta.

Em uma partida com a Morte, ele perde finalmente, mas a Morte lhe concede mais algum tempo. Porém, ela fala que da próxima vez que se encontrassem, iria leva-lo. Antonious pergunta se ela irá lhe revelar seus segredos. A Morte responde que não tem segredos. Desconsolado, o cavaleiro pergunta "Quer dizer que você não sabe de nada?", mas a Morte a isso não responde e se irrita - isso dá a entender que nem mesmo ela sabe de nada.

Quando eles se encontram novamente o cavaleiro reza a Deus para que tenha misericórdia deles, pois somos pequenos e assustados em nossa ignorância. Seu escudeiro, vendo também a Morte na sua frente, lhe diz que em sua alegada escuridão, onde deveriam todos estar, não havia ninguém para ouvir suas lamentações e sofrimentos. E que ele tentasse enxugar suas lágrimas e ver a indiferença dele - da Morte -. Porém, o cavaleiro, que ainda não havia encontrado o que procurava, continua a suplicar ao Senhor. Seu bravo escudeiro corajosamente encarando a Morte diz que agora era tarde e que neste último momento Antonious deveria pelo menos sentir o triunfo de enfrentar o medo, fechar a boca, e abrir os olhos.

E assim, tudo se acaba. E assim, todos eles entram na Dança da Morte.

Eu temo que eu tenha o mesmo fim de Antonious. Que assim como ele eu não encontre as respostas.

Texto por: Charis D'Cruz
26/07/2020

Seneca - Com quem você está diariamente?


"Esses que correm de um compromisso para outro, que inquietam tanto a si como os demais, depois de enlouquecer totalmente, depois de diariamente perambular pelas soleiras de todos, sem preterir nenhuma porta aberta, depois de fazer circular sua saudação interesseira por residências em locais os mais diversos, quão pouca gente eles poderão ver de uma cidade tão imensa e enredada em variados desejos?

Quantos haverá cujo sono ou desregramento ou grosseria irá barrá-los! Quantos haverá que, depois de longa e torturante espera, passarão por eles simulando pressa! Quantos evitarão aparecer no átrio repleto de clientes e escaparão por passagens secretas de sua casa, como se fosse menos grosseiro driblar do que não receber! Quantos, sonolentos e pesados pela farra da véspera, num bocejo de extrema arrogância, mal relaxando os lábios repetirão o nome, que lhes fora mil vezes sussurrado, daqueles coitados que interromperam o próprio sono para esperar o do outro!

Seneca - Você está vivendo ou gastando seu tempo?


"É possível que todos os talentos que alguma vez brilharam nisto concordem unânimes: nunca ficarão estupefatos o bastante diante dessa turvação das mentes humanas. Não toleram que suas propriedades sejam ocupadas por ninguém e, se há uma pequena disputa sobre a medida de seus limites, recorrem a pedras e armas; já em suas vidas consentem que outros se instalem, e até mesmo introduzem eles próprios os que vão ser os possessores dela.

Seneca - Doença e Sofrimento (Epístola 78)


1 Dizes que sofres com expectorações intensas e febres fracas que acompanham as tosses prolongadas tornadas crônicas, o que para mim é mais molesto porque já experimentei esse tipo de enfermidade , que aos primeiros sintomas desdenhei (até então, minha adolescência era capaz de suportar adversidades e de enfrentar doenças obstinadamente), em seguida, capitulei e fui levado a tal extremo que eu mesmo desintegrava, reduzido à extrema magreza.

2 Tantas vezes tive o impulso de interromper minha vida: a idade avançada do meu afabilíssimo pai me reteve. Pensei, de fato, não em quanta força eu teria para morrer, mas em quanta força ele não teria para suportar minha ausência. Desse modo, determinei-me a viver. De fato, às vezes, viver também é para os fortes.

3 Vou falar o que, então, me serviu de consolo, mas antes devo dizer que essas mesmas coisas, com as quais me acalmava, tiveram a eficácia de um medicamento. Consolações morais funcionam como um remédio, e é útil também ao corpo o que quer que tenha fortalecido o espírito. Nossos estudos foram, para mim, uma salvação. Atribuo à filosofia ter me erguido, ter me recuperado. É a ela que devo a vida e nada menos do que isso devo a ela.

O Homem e a Morte: Kamikaze - Parte 14


Introdução

Kamikaze ( 神風) do japonês "kami" (deus) e "kaze" (vento), significa "vento divino" e é uma alusão a tempestade que salvou o Japão do ataque mongol em 1274. Os kamikazes eram os pilotos de aviões japoneses carregados de explosivos cuja missão era realizar ataques suicidas contra navios dos Aliados nos momentos finais da campanha do Pacífico na Segunda Guerra Mundial. O nome oficial dos kamikazes era Tokubetsu Kōgekitai (Unidade de Ataque Especial), também conhecidos pela abreviação Tokkōtai ou Tokkō. As unidades da marinha eram chamadas de Shinpu Tokubetsu Kõgekitai (Unidade de Ataque Especial Vento Divino).

Cerca de 2.525 pilotos morreram nesses ataques, causando a morte de 7 mil soldados aliados e deixando mais de 4 mil feridos. O número de navios afundados é controverso. Na época o Japão divulgava que os ataques conseguiram afundar 81 navios e danificar outros 195.


História

Em 19 de outubro de 1944, o vice-almirante Takijiro Onishi convocou uma reunião formal com vários oficiais e apresentou-lhes seus planos, defendendo o que considerava a única forma pelo qual um pequeno contingente pudesse atacar com grande eficácia, organizando ataques suicidas com os caças Mitsubishi A6M Zero armados com 250 kg de bombas para atacar porta-aviões inimigos.

Foram então recrutados estudantes de universidade para serem os pilotos kamikazes. A decisão de se tornar um kamikaze era voluntária. Quem desejava se voluntariar dava um passo a frente no dia em que os soldados eram chamados para anunciar se queriam ser voluntários. Houve voluntários em massa para serem kamikazes.

Eram dados ao kamikazes instruções de como procederem, como por exemplo, durante o momento de mergulho com o avião eles não deveriam fechar os olhos, pois poderiam errar o alvo e outras coisas.

No dia do voo fatal eles escreviam poemas - tradição originada dos samurais que o faziam antes de cometer seppuku -, ganhavam um brinde de saquê, levavam a bandeira imperial, amarravam a hachimaki na testa e levavam uma katana, como seu simbolo espiritual e de seus antepassados, e uma pistola nambu para o caso de fracassarem ou fossem capturados e poderem se matar.

Além do modelo Mitsubishi A6M Zero, outros aviões foram usados. Algumas vezes obtinham ajuda de escoltas regulares, mas geralmente tinham de enfrentar os caças estadunidenses que detectavam seus aviões pelo radar, e tentavam resistir até poder colidir no convés de um navio.

Os nomes das quatro subunidades da Força de Ataque Especial Kamikaze eram Unidade Shikishima, Unidade Yamato, Unidade Asahi e Unidade Yamazakura. Esses nomes foram tirados de um poema de morte patriótico, "Shikishima no Yamato-gokoro wo hito towaba, asahi ni niou yamazakura bana", do erudito clássico japonês Motoori Norinaga. O poema diz:

"Se alguém perguntar sobre o espírito Yamato [Espírito do Antigo/Verdadeiro Japão] de Shikishima [um nome poético para o Japão] - são as flores de yamazakura [flor de cerejeira da montanha] que são perfumadas no Asahi [sol nascente]."


Uma tradução menos literal  é:

"Questionado sobre a alma do Japão,

eu diria

que é

como flores de cerejeira selvagens

Brilhando ao sol da manhã."


Ōnishi, dirigindo-se a esta unidade, disse-lhes que sua nobreza de espírito impediria a ruína da pátria, mesmo na derrota.


Honra

Havia um culto à morte no Japão. Os diários dos pilotos incluíam relatos e testamentos demonstrando o espírito japonês, a devoção pelo imperador e poemas de morte mencionando a sakura (flor da cerejeira), símbolo nacional. Era uma honra morrer pelo Japão e pelo Imperador. Um lema que prevalecia entre eles era "antes a morte do que a rendição!".

Os soldados japoneses buscavam a morte. Eles queriam se tornar eirei, ou seja, espíritos guardiões do país, segundo a crença shintoista. E ser sagrado em Yasukuni era uma honra especial porque o imperador visitava o santuário para homenageá-lo duas vezes por ano. Yasukuni é o único santuário que diviniza os homens comuns que o imperador visitaria para prestar seus respeitos. 

Kiyu Ishikawa, um piloto kamikaze, salvou um navio japonês ao bater seu avião contra um torpedo lançado por um submarino americano, e foi promovido postumamente de sargento-mor para segundo-tenente pelo imperador e foi consagrado em Yasukuni.

Histórias como essa encorajaram jovens japoneses a se voluntariarem para o Corpo de Ataque Especial e despertaram nos jovens o desejo de morrer como kamikaze.


Momento finais

Cerimônias foram realizadas antes que os pilotos kamikaze partissem em sua missão final. Os kamikaze compartilhavam xícaras cerimoniais de saquê ou água conhecidas como mizu no sakazuki

Como todos os militares do Exército e da Marinha, os kamikaze usavam seu senninbari, um "cinto de mil pontos" dado a eles por suas mães. Os pilotos carregavam as orações de suas famílias e recebiam condecorações militares. Os kamikaze foram escoltados por outros pilotos cuja função era protegê-los a caminho de seu destino e relatar os resultados. Alguns desses pilotos de escolta, como o piloto Zero Toshimitsu Imaizumi, foram posteriormente enviados em suas próprias missões kamikaze.

Diz-se que os jovens pilotos em missões kamikaze costumavam voar para o sudoeste do Japão sobre o Monte Kaimon de 922 m (3.025 pés). A montanha também é chamada de "Satsuma Fuji" (que significa uma montanha como o Monte Fuji, mas localizada na região da província de Satsuma). Pilotos de missões suicidas olharam por cima dos ombros para ver a montanha, a mais ao sul do continente japonês, despedir-se de seu país e saudar a montanha. Residentes na Ilha Kikaishima, a leste de Amami Ōshima, dizem que pilotos de unidades de missões suicidas jogaram flores no ar enquanto partiam para suas missões finais.

Os pilotos kamikaze que não conseguiram completar suas missões (por causa de falha mecânica, interceptação, etc.) foram estigmatizados nos anos seguintes à guerra.

Kamikazes sobreviventes e pilotos de escolta revelaram em entrevista que eles foram motivados pelo desejo de proteger suas famílias de atrocidades percebidas e possível extinção nas mãos dos Aliados. Eles se viam como a última defesa.


Texto por: Charis D'Cruz

06/09/2020

Seja o seu melhor!



Vejo que muitas pessoas estabelecem uma média geral. Na academia e em alguns grupos fascistas, por exemplo, eles determinam um certo tamanho de braço, geralmente 40 cm, para um homem ser aceito dentro daquele circulo. Alguns estabelecem um peso também. E isso é uma grande estupidez! Um homem de 1,65 m pode treinar muito, tem um belo corpo, ser forte, mas estar longe de ter 40 cm de braço, ou mesmo ser impossível a depender do tamanho do seu braço e outros fatores. Já um homem de 1,95 m pode ser um cara magro, sedentário, que não malha, não prática atividade física, mas tem 40 cm de braço naturalmente. O mesmo se aplica ao peso. Um homem de baixa estatura pode ser extremamente forte, mas não ter sequer 60 kilos. Já um homem alto pode ter um corpo deplorável e ter mais de 60 kilos. Agora, responda-me, qual destes está fazendo seu melhor e deveria ser aceito? 

Exato! É por isso que essas regras são estupidas! Um julgamento deve ser feito de acordo com a pessoa e não impor uma regra injusta a todos. Fora que ter 40 cm de braço ou mais de 60 kilos não que dizer necessariamente que alguém seja forte, só que apenas tem essas medidas. Um homem gordo pode ter tudo isso, a exemplo.

Máximas de Marco Aurélio



"Ajusta-te às coisas que te foram destinas pela sorte; e ama, mas verdadeiramente, as pessoas que o destino a ti apontou para a convivência." [Marco Aurélio, Meditações, EdiPro, Livro VII, Pág 75]


"Não te inquietes com as coisas futuras; com efeito, se houer necessidade, tu as encararás de posse da mesma razão que agora empregas com os problemas atuais." [Marco Aurélio, Meditações, EdiPro, Livro VII, Pág 82]

Marco Aurélio - Viver Bem


"Tua inteligência será idêntica àquilo que pensares frequentemente, em uma paridade entre as ideias que alimentas habitualmente e tua inteligência; com efeito, a alma se tinge das ideias. Assim, tinge tua alma alimentando assiduamente ideias como: onde se pode viver, também se pode viver bem; se é possível viver em uma casa, também é possível viver bem em uma casa. E, por outro lado, cada coisa é conduzida em função daquilo de que foi formada, estando seu fim naquilo em função do que foi conduzida; e onde está o fim também está o proveito e o bem de cada um; em decorrência disso, o bem de um animal racional encontra-se na comunidade. De fato, que fomos criados para viver em comunidade é algo que foi demonstrado já há muito tempo. Não salta aos olhos que os animais inferiores existem em função dos superiores e que estes existem em função de suas relações mútuas? Ora, os seres animados detêm superioridade sobre os inanimados, enquanto os seres racionais a detêm sobre os animados." (Marco Aurélio, Meditações, EdiPro, Livro IV, página 61-62)

Marco Aurélio - A Realização da Obra de um Ser Humano

Marco Aurélio - Refúgio Interno


"As pessoas buscam para si refúgios, casas de campo, praias e montanhas; e tu também desejas isso intensamente. Mas isso toca inteiramente as mais vulgares entre as pessoas, pois depende de tua vontade, a qualquer momento, fazeres o retiro para dentro de ti mesmo. Com efeito, em lugar algum, seja em busca de mais tranquilidade, seja visando distanciar-se de negócios e atividades, consegue uma pessoa mais refúgio que dentro de sua alma, isso, sobretudo, quando abriga dentro de si pensamentos cuja contemplação lhe transmite imediatamente completo conforto; digo, a propósito, que conforto ou tranquilidade não é outra coisa senão uma boa ordem [da alma]. Portanto, proporciona a ti continuamente esse refúgio e renova a ti mesmo; e que teus princípios sejam concisos e possuam caráter elementar, para que, tão logo recorra a eles, bastem para repelir por completo a aflição [da alma] e te enviar de volta sem descontentamento às coisas ás quais retornas. 

As Lições que Aprendi com Musashi



Os Gritos de Guerras Mais Famosos da História


Ao longo das culturas e do tempo, bradar e gritar têm sido tipicamente classificados como atos masculinos. Faz sentido. Gritar é inerentemente agressivo e muitas vezes é o prelúdio da violência física real.

Nas espécies de mamíferos, os machos freqüentemente se envolvem em posturas que incluem rugidos, bufos ou gritos. O objetivo desse confronto auditivo antes da luta é realmente evitar que o conflito se transforme em uma briga física. Se um mamífero macho pode dominar seu oponente em submissão com apenas um rugido, ele elimina o risco de ser morto ou gravemente ferido e economiza uma energia preciosa. Se o rugido não funcionar para impedir a luta, bem, espero que tenha sido feroz o suficiente para instilar algum medo no inimigo, levando-o a lutar menos ferozmente e a se submeter mais cedo ou mais tarde.

Esses rugidos não se limitam ao reino animal, no entanto. Nos grandes poemas épicos das culturas do Oriente e do Ocidente, um grito viril e feroz era uma característica desejável para um guerreiro.

A Ilíada, Homero frequentemente descreve os heróis da história em termos de sua capacidade de soltar um uivo que poderia enfraquecer os joelhos de seus inimigos. Diomedes é chamado "Diomedes do alto grito de guerra", e Menelau e Odisseu são descritos como "proferindo um grito agudo".

O Homem e a Morte: O Bushido e a Morte - Parte 10


"Um samurai deve antes de tudo ter sempre em mente, dia e noite, desde a manhã de ano-novo, quando pega seu hachi para tomar café, até a noite do último dia do ano, quando paga suas faturas, o fato de que um dia irá morrer. Essa é sua principal tarefa. Se ele está plenamente consciente disso, poderá viver no Caminho da Lealdade e do Dever Filial, evitará muitas adversidades, irá manter-se livre da doença e da desgraça e, além disso, terá uma longa vida. Também terá uma personalidade diferenciada e com muitas qualidades admiráveis. Pois a existência é tão impermanente como o orvalho do entardecer e a geada da manhã: a vida do guerreiro é especialmente incerta. E se ele pensa em que consolar-se com a idéia de trabalhar permanentemente para o seu senhor, ou dedicar-se perpetuamente a seus familiares, pode acontecer algo que faça com que ele descuide dos seus deveres e obrigações perante a sua família. Mas, se ele decide simplesmente viver o hoje, sem preocupar-se com o amanhã, de modo que quando está diante de seu senhor para receber suas ordens pensa nelas como se fossem as últimas, e quando contempla o rosto dos seus parentes sente como se nunca mais fosse vê-los de novo, seu dever e consideração serão completamente sinceros, ao mesmo tempo, sua mente estará concordando com o Caminho da Lealdade e do Dever Filial.

Hagakure - Como Um Samurai Deve Educar Seus Filhos


"Existe uma maneira de um samurai criar seu filho. Desde sua infância ele deve ser encorajado à bravura, e deve-se evitar assustá-lo ou provocá-lo com trivialidades. Se uma criança for afetada pela covardia, isso permanecerá como uma cicatriz para toda a vida. É um erro grave dos pais fazer com que as crianças tenham medo de relâmpagos ou do escuro, ou ainda dizer a elas coisas terríveis para que parem de chorar.

Hagakure - A Feminização dos Homens


"Alguns anos atrás, Matsuguma Kyõan contou essa história:

'Na prática da medicina existe uma diferença de tratamento do homem e da mulher de acordo com o Yin e o Yang. Existe também uma diferença de pulsação. Nos últimos cinquenta anos, entretanto, o pulso do homem se tornou o mesmo das mulheres. Considerando este fato, no tratamento de doenças oftalmológicas eu apliquei aos homens o tratamento destinado às mulheres e descobri que servia. Quando apliquei o tratamento masculino aos homens, não houve resultado. E assim soube que o espírito dos homens havia se afrouxado e que havia se tornado o mesmo das mulheres, e que o fim do mundo havia chegado. Embora tenha sido testemunha desse fato, eu o mantive em segredo.'